(Nino em acção diante do Paivense, num jogo disputado nas Valadas.)
Carlos Ferreira não dirá nada aos adeptos canedenses, mas se falarmos em Nino o caso muda de figura.
Nino é um nome marcante da história do Canedo. Durante anos a fio, o esquerdino espalhou classe e magia com a nossa camisola, e inscreveu o seu nome nos maiores feitos do clube.
Em 2001, foi dele o golo de canto directo que apurou o Canedo para a final da Taça de Aveiro, prova que viria a conquistar.
Em 2007, na época em que o clube deixou os Nacionais, marcou dois golos de livre diante do Alijoense, num jogo que haveria de terminar empatado a três golos.
Estes são apenas dois exemplos do que fez um Homem que pelo Canedo subiu por três ocasiões, além de vencer uma Taça de Aveiro.
Aos 40 anos, Nino ainda veste a camisola do Canedo, uma vez que joga ao serviço dos nossos Veteranos. E continua a fazer das "suas".
Ei-lo em entrevista ao nosso facebook/blogue:
Canedo FC: Subiu duas vezes pelo Canedo à I Divisão Distrital. Uma vez que esta época o objectivo do clube é esse mesmo, subir à I Divisão, quais são os factores que considera decisivos para se subir nesta divisão?
Carlos Ferreira: Penso que é necessário ter um bom plantel e, principalmente, um grupo muito unido.
CFC: Chegou ao Canedo em 1996. Ainda se recorda dos motivos que o levaram a assinar pelo clube?
CF: Pessoalmente tinha ambições fortes, e o Canedo era um bom clube, que tinha boas condições para a época em que estávamos.
CFC: Quando chegou ao Canedo, o clube ainda procurava afirmar-se em definitivo no futebol de Aveiro. Quase 20 anos depois podemos dizer que o Canedo atingiu um patamar de respeito no futebol aveirense. Concorda que teve um papel importante nessa afirmação?
CF: Claro que sim. Estive nos títulos mais importantes do clube e nas maiores glórias, por isso, acho que tive um papel fundamental nessa afirmação.
CFC: Além dessas duas subidas, soma uma subida à III Divisão Nacional e a conquista de uma Taça de Aveiro. Qual foi o momento mais marcante que teve ao serviço do Canedo?
CF: Momento mais marcante é, sem dúvida, a subida à III Divisão Nacional, onde nesse campeonato fiz um golaço ao Avanca, equipa que subiu juntamente com o Canedo. Essa subida e esse golo são momentos que nunca mais irei esquecer.
(Nino com o seu filho mais velho, no dia em que o Canedo festejou, em casa, a subida à III Divisão Nacional.)
CF: Pensei em ficar no Canedo, mas as condições oferecidas em Arouca eram muito favoráveis e como já tinha alguma idade decidi ir, mas com grande sofrimento. Outro motivo que me "ajudou" a ir, foi a possibilidade de ir ajudar um grande amigo, o professor Vasco Coelho.
CFC: Em 13 anos que representou o Canedo marcou muitos golos e fez muitos mais jogos. Qual o jogo e o golo que melhor recorda?
CF: Jogo que melhor recordo e que nenhum canedense vai esquecer é o Canedo - Arouca na luta pela subida à III Divisão Nacional. O golo que melhor recordo, foi neste jogo, pois fui eu que, na altura, coloquei o Canedo a vencer por 3-1, com um golaço do "meio da rua".
CFC: Teve quatro passagens pelo Canedo e ao todo foram treze épocas. Ficou alguma coisa por fazer/conquistar?
CF: Sim, ficou quando regressei de Arouca. Nesse ano o objectivo era manter o Canedo na III Divisão Nacional, mas a equipa não alcançou o objectivo e descemos aos Distritais.
CFC: Nas últimas 3 épocas, faz parte da equipa de veteranos do clube. Gostava, um dia, de ter outras funções dentro do Canedo?
CF: Sim, gostava de ser treinador principal.
CFC: Se lhe pedissem para definir a sua passagem pelo Canedo numa só palavra, qual seria?
CF: Não tenho uma palavra, mas sim duas: foi maravilhosa e fantástica!
Pode consultar toda a carreira de Nino, aqui.