segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Entrevista a: Nino

(Nino em acção diante do Paivense, num jogo disputado nas Valadas.)

Carlos Ferreira não dirá nada aos adeptos canedenses, mas se falarmos em Nino o caso muda de figura.
Nino é um nome marcante da história do Canedo. Durante anos a fio, o esquerdino espalhou classe e magia com a nossa camisola, e inscreveu o seu nome nos maiores feitos do clube.
Em 2001, foi dele o golo de canto directo que apurou o Canedo para a final da Taça de Aveiro, prova que viria a conquistar.
Em 2007, na época em que o clube deixou os Nacionais, marcou dois golos de livre diante do Alijoense, num jogo que haveria de terminar empatado a três golos.
Estes são apenas dois exemplos do que fez um Homem que pelo Canedo subiu por três ocasiões, além de vencer uma Taça de Aveiro.
Aos 40 anos, Nino ainda veste a camisola do Canedo, uma vez que joga ao serviço dos nossos Veteranos. E continua a fazer das "suas".
Ei-lo em entrevista ao nosso facebook/blogue:

Canedo FC: Subiu duas vezes pelo Canedo à I Divisão Distrital. Uma vez que esta época o objectivo do clube é esse mesmo, subir à I Divisão, quais são os factores que considera decisivos para se subir nesta divisão?
Carlos Ferreira: Penso que é necessário ter um bom plantel e, principalmente, um grupo muito unido.

CFC: Chegou ao Canedo em 1996. Ainda se recorda dos motivos que o levaram a assinar pelo clube?
CF: Pessoalmente tinha ambições fortes, e o Canedo era um bom clube, que tinha boas condições para a época em que estávamos.

CFC: Quando chegou ao Canedo, o clube ainda procurava afirmar-se em definitivo no futebol de Aveiro. Quase 20 anos depois podemos dizer que o Canedo atingiu um patamar de respeito no futebol aveirense. Concorda que teve um papel importante nessa afirmação?
CF: Claro que sim. Estive nos títulos mais importantes do clube e nas maiores glórias, por isso, acho que tive um papel fundamental nessa afirmação.

CFC: Além dessas duas subidas, soma uma subida à III Divisão Nacional e a conquista de uma Taça de Aveiro. Qual foi o momento mais marcante que teve ao serviço do Canedo?
CF: Momento mais marcante é, sem dúvida, a subida à III Divisão Nacional, onde nesse campeonato fiz um golaço ao Avanca, equipa que subiu juntamente com o Canedo. Essa subida e esse golo são momentos que nunca mais irei esquecer.

(Nino com o seu filho mais velho, no dia em que o Canedo festejou, em casa, a subida à III Divisão Nacional.)

CFC: Em 2004, após subir pelo Canedo aos Nacionais, optou por se mudar para o Arouca, da I Divisão Distrital de Aveiro. Porque optou por esta mudança?
CF: Pensei em ficar no Canedo, mas as condições oferecidas em Arouca eram muito favoráveis e como já tinha alguma idade decidi ir, mas com grande sofrimento. Outro motivo que me "ajudou" a ir, foi a possibilidade de ir ajudar um grande amigo, o professor Vasco Coelho.

CFC: Em 13 anos que representou o Canedo marcou muitos golos e fez muitos mais jogos. Qual o jogo e o golo que melhor recorda?
CF: Jogo que melhor recordo e que nenhum canedense vai esquecer é o Canedo - Arouca na luta pela subida à III Divisão Nacional. O golo que melhor recordo, foi neste jogo, pois fui eu que, na altura, coloquei o Canedo a vencer por 3-1, com um golaço do "meio da rua".

CFC: Teve quatro passagens pelo Canedo e ao todo foram treze épocas. Ficou alguma coisa por fazer/conquistar?
CF: Sim, ficou quando regressei de Arouca. Nesse ano o objectivo era manter o Canedo na III Divisão Nacional, mas a equipa não alcançou o objectivo e descemos aos Distritais.

CFC: Nas últimas 3 épocas, faz parte da equipa de veteranos do clube. Gostava, um dia, de ter outras funções dentro do Canedo?
CF: Sim, gostava de ser treinador principal.

CFC: Se lhe pedissem para definir a sua passagem pelo Canedo numa só palavra, qual seria?
CF: Não tenho uma palavra, mas sim duas: foi maravilhosa e fantástica!


Pode consultar toda a carreira de Nino, aqui.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Entrevista a: Paulinho

(Paulinho em acção no Leça 2-2 Canedo de 2005/2006.)

A 5 de Outubro de 2005, o Canedo ficou perto de fazer história na Taça de Portugal, ao levar o Varzim, da Liga de Honra, a prolongamento.
Para recordar esse jogo, nada melhor que o Homem que nos fez sonhar ao marcar um grande golo: Paulinho empatou o jogo a uma bola de livre directo, e aceitou o nosso convite para "voltar atrás no tempo".
Só jogou uma época nas Valadas, mas foi o suficiente para garantir que o seu nome ficará para sempre gravado na história do nosso clube.
Dono de um excelente pé esquerdo, tinha "desbravado" caminho na eliminatória anterior, quando, também de livre, rematou, Nuno Pinto desviou e o Canedo ganhou 1-0 ao Infesta da II Divisão B.
Aos 37 anos está retirado do futebol.
Ei-lo em entrevista ao nosso facebook/blogue:

Canedo FC: Completam-se hoje dez anos sobre o Varzim - Canedo. O Paulinho marcou um grande golo. Que memórias tem desse jogo e desse momento em particular?
Paulo Pinto: Esse jogo tão cedo não me vai sair da memória. Tenho uma excelente recordação. Fizemos um grande jogo frente a uma grande equipa, fomos fortemente apoiados pelas pessoas de Canedo e não as defraudamos, pena mesmo foi o resultado. O golo que marquei de livre foi um dos momentos mais marcantes da minha carreira, que me enche de orgulho, e que nos fez sonhar passar essa eliminatória da Taça de Portugal. Esse grande momento dediquei-o ao meu falecido PAI.

CFC: O Canedo ficou perto de eliminar uma equipa profissional e cometer uma proeza histórica. O que faltou, na sua opinião, para que a equipa conseguisse cometer esse feito?
PP: Faltou-nos, primeiro, uma pontinha de sorte, pois como se devem lembrar, o Pedrinho aos 90+1' minutos falhou, de cabeça, um golo "feito". No prolongamento, faltou-nos capacidade física, fruto do facto de sermos uma equipa 100% amadora. 
Foi mesmo pena, pois caso tivéssemos passado, na eliminatória seguinte iríamos jogar com o Sporting em Alvalade.

CFC: No Varzim, alinhavam, entre outros, Eliseu que agora está no Benfica, e Bruno Miguel que está no Estoril. Concorda que, passados tantos anos, esta "curiosidade" valoriza ainda mais aquilo que o Canedo conseguiu fazer na Póvoa?
PP: Claro que concordo. Mais a mais, o treinador do Varzim (Horácio Gonçalves) jogou na máxima força, pois no jogo anterior para o campeonato tinham perdido por 3-0, e queriam dar, no imediato, uma resposta positiva e se possível com goleada. Mas isso não aconteceu pois vendemos cara a derrota. Passados tantos anos, é bom recordar que jogamos contra jogadores que mais tarde se tornaram campeões nacionais, como é o caso do Eliseu.


(Paulinho chegou ao Canedo, proveniente do Cesarense, em 05/06.)

CFC: Chegou ao Canedo no verão de 2005. Ainda se recorda dos motivos que o levaram a assinar pelo nosso clube?
PP: Assinei pelo Canedo motivado pelo projecto que tinham para o clube, e pela segurança e capacidade de balneário que o mister Albertino me transmitiu. Esses aspectos foram fundamentais.

CFC: Um ano depois de ter chegado, saiu do clube. Porque razão não continuou na temporada seguinte?
PP: Apenas não continuei porque havia uma grande indefinição em relação há época que estava prestes a começar, e como é normal nestas situações tive que me precaver e arranjar clube. Isso foi o mais fácil, pois fruto da grande época que fiz em Canedo, recebi várias propostas. No entanto, antes de assinar por outro clube, tive o cuidado de telefonar ao mister Albertino, justificando a minha decisão.

CFC: Apesar de ter sido apenas por uma época, valeu a pena ter jogado no Canedo? Que recordações guarda da sua passagem por cá?
PP: Claro que valeu a pena. Adorei ter jogado no Canedo, pois  fiz grandes amigos, e por vezes ainda nos juntámos para recordar esses momentos. As pessoas de Canedo são do melhor que encontrei na minha carreira. O meu obrigado a todos.


Pode consultar toda a carreira de Paulinho, aqui.

Pode recordar a ficha de jogo do Varzim - Canedo, aqui.